terça-feira, 16 de outubro de 2012

Síndrome de Gabriela


Sabe aquela músiquinha da novela das 23H (que não assisti, por sinal, só sei de relance mesmo pelas propagandas): "Eu nasci assim, eu cresci assim e sou mesmo, sim. Vou ser sempre assim, Gabrieeeela!!!”

Pois é, tem gente que leva isso ao pé da letra! Helloooo! Please!!! Cresça e apareça! Amadureça, aprenda, viva, escute os outros, mais velhos, experientes, crianças...esse negócio de falar: Sou assim e pronto os outros que agüentem! – Não está com nada! Normalmente uma pessoa dessa não tem lá muitas companhias, afinal, quem sustenta um relacionamento onde o outro não muda NADA, não faz NADA pelos outros, todos que se adaptem a ele? Não dá!

Eu pelo menos não dou conta! Corto relações mesmo! Só tenho obrigação com a minha família, e por amor, aos amigos.

Mas, pensando bem, quantas vezes somos assim? Batemos o pé e dizemos: Nunca vou pensar diferente! Dessa água não beberei! Se você me vir fazendo tal coisa, me interna! – E com o passar dos anos, a maturidade, os acontecimentos da vida, sejam eles bons ou ruins, nos levam a tomar atitudes e caminhos que nunca imaginamos tomar.

Tudo bem que temos algumas coisas que são nossas, inerentes, valores como religião, família e etc., paixões: futebol, moda, profissão e tal... A cultura e costumes que possuímos...Realmente essas não podem e nem devem ser mudadas. Fazem parte de nós. 
Diz a um gaúcho daqueles típicos que ele não pode colocar sua pilcha, cantar e dançar suas músicas e tradições? Ele dá um discurso com aquele sotaque carregado (que particularmente, acho lindo!) falando da importância de suas tradições.
Diz a um corinthiano doente que ele não deve se “estressar” por causa de um simples jogo de futebol...ele bate no peito, beija o brasão do time e diz que é Corinthians até morrer!
O que faz parte da essência da pessoa, não deve e nem pode ser mudado!

Entretanto algumas concepções nossas devem ser sempre debatidas. Afinal, ter mente fechada infecta o cérebro! Rs...!
Como diz a frase: "O problema das mentes fechadas é que geralmente vem acompanhadas de bocas abertas."

Muitas vezes bati o pé jurando que não faria tal coisa! Vou fazer uma pequena lista do que falei e “paguei com a língua”, como dizer:

Ø      Dizia que nunca me casaria com militar. (Sem comentários!)
Ø      Que nunca seria professora! ¬¬
Ø      Não vou mudar a decoração da minha casa quando tiver meus filhos, eles que aprendam a me obedecer e não mexer nas coisas. (Muita coisa mudei pela segurança do Arthur, outras mudei p/ não me chatear toda vez que ele mexia. Outras não mudei mesmo, ele aprendeu a não mexer.)

E por aí vai... outra coisa: muitas das manias, características dos meus pais que eu criticava, acabo fazendo! Muitas vezes sem nem perceber!
Eu achava minha mãe muito preocupada com tudo! Vou citar até um pequeno diáologo que tive com ela quando tinha uns 14 ou 15 anos:

Eu: Ah, mãe, no colégio tem quadrilha (de festa junina)!
Mãe: Que isso, MINHA FILHA??????
Eu: Eu quero entrar esse ano!
Mãe: Larissa, você tá maluca?
Eu: Não mãe...é quadrilha de festa junina! (Pensando comigo: Dã, mãe!) ¬¬
Mãe: Ah bom! #)

Hehehehe! Hoje em dia a compreendo...ô se compreendo!

Meu pai é muito dramático (e eu, idem!), ele tinha uma historinha “de uma menina que morava lá perto de casa”. Era assim: toda vez que mexíamos em alguma coisa que não podíamos, ou fazíamos aquelas brincadeiras que “cheira a defunto” como dele dizia (brincadeiras que com certeza o fim não seria bom), ele contava dessa menina. Tinha uma menina lá perto de casa que enfiou o dedo na tomada e ficou pretinha! Ou: Tinha uma menina lá perto de casa e que comeu comida estragada, foi p/ o hospital, tomou uma injeção bem doida, sofreu muitooo e depois morreu!  Rs... (Que azar dessa menina! Além de sofrer muito, ainda morreu! Hehehe!).
E respondíamos a ele: Pai, essa menina é imortal! Ela morre e volta depois!

Esses dias, Arthur estava brincando com o amiguinho, nosso vizinho. O amiguinho foi brincar de uma coisa de espetar, algo assim, e quase pegou no olho do Arthur. Eu com toda minha “psicologia” falei: Não pode fazer isso não, amigo! Se não você fura o olho do Arthur sai sangue e o olho cai! – Até minha vizinha riu e comentou: Nossa, Lari, que trágico! -  Rs...! Viu? Fiz igualzinho ao meu pai!

Não adianta! Essas manias e faltas de psicologias são passadas de geração em geração! Vamos traumatizar nossos filhos com os mesmos traumas que tivemos! Rs!!!

Penso que para muita coisa temos que ter uma cabeça aberta, mesmo p/ aquilo que consideramos mais sagrado. Pois, não sabemos o dia de amanhã. E respeitar a opinião do outro. Mesmo que p/ você pareça absurda! Não precisa concordar e nem viver como ele/ela, mas é obrigação respeitar.

Tem até uma pequena história que elucida bem esse caso:

Flores no túmulo
Um Homem estava a colocar flores no túmulo de um parente, quando viu um chinês colocando um prato de arroz na lápide ao lado. Ele vira-se para o chinês e pergunta:
- Desculpe, mas o senhor acha mesmo que o defunto virá comer o arroz? 
E o chinês responde:
- Sim, quando o seu vier cheirar as flores. 
"Respeitar as opções dos outros é uma das maiores virtudes do ser humano. As pessoas são diferentes, agem e pensam de formas diferentes. Não julgue. Tente apenas compreender.” 

Boa semana a todos e fiquem com Deus!
Beijinhos!

Um comentário:

  1. Hehehe, finalmente consegui comentar aqui rs! Já ouvi essa histórias que seu pai contava a vocês, eu ouvi muito também rsrs, adorei a parte: pai a menina é imortal, ela morre e volta depois rsrs!
    E acabou que tu fez igual, o fato é que sempre fazemos igual mesmo com nossos filhos rsrs! Bjs no príncipe e outro pra ti!

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