Hoje fui colocar meu filho para
dormir e me surpreendi ao ele pedir-me: “Canta, mamãe!” – Comecei a cantar uma
música do filme “A dama e o vagabundo”, quando a querida canta para seu bebê
recém-nascido dormir. Eu sempre sonhei em cantar essa canção quando tivesse um
filho. E não sei por qual razão, sabia que um dia eu teria um menino!
Arthur tem um CD repleto de
lindas canções de ninar, coloco para ele ouvir desde novinho. Mas ultimamente,
por viajarmos, eu estava cantando para ele. E agora ele não quer mais saber do
CD, só de mim! Eu não sou nenhuma Marisa Monte ou Sarah Brightman. Mas sou
afinadinha! E ele dorme rapidinho!
Tem coisas que fazemos, que por
serem corriqueiras, pensamos não ter valor! Vou explicar! O pediatra do Arthur
em MG, contou-me uma vez que foi assistir a uma aula de um professor que deu
aula a ele quando estudava medicina. Segundo o pediatra, o seu mestre era todo
“alternativo”, de outra galáxia! Mas que era um excelente médico!
Ele estava em um laboratório com
vários estudantes de medicina e pediu a um aluno que fizesse o seguinte:
cortasse alguns legumes e os cozinhasse. O aluno provavelmente estranhou o
pedido, mas assim o fez. Assim que os legumes ficaram prontos, ele colheu uma
amostra deles e os colocou no microscópio para examiná-los. Mostrou aos alunos
que todo alimento tem uma energia e a energia desses vegetais tinha pigmentação
arroxeada. Eles observaram no aparelho uma leve camada em volta do alimento
colhido.
Depois, o professor perguntou em
meio aos alunos se tinha alguma mulher que era mãe. E uma se identificou. Ele
pediu que ela fizesse a mesma coisa que o outro aluno, que cortasse e
preparasse os legumes. MAS, que ela pensasse em seus filhos. E ela assim o fez.
Da mesma forma o professor colheu a amostra e colocou no microscópio. A energia
do alimento estava bem maior! Tinha triplicado!
Ele explicou que o fato dela ser
mãe, de ter pensando em seus filhos e ter feito as simples “papinha” com amor,
fazia toda diferença! Amor tem energia!!!! Minha irmã diz que é por isso que
Arthur não pára 1 segundo, eu coloco amor demais na comida! Rs...!
Então, olha só! É científico!
Como faz diferença na vida dos nossos filhos o que fazemos por eles! E muitas
vezes, nem damos o devido valor só por ser algo trivial.
Essa semana me senti a pior mãe do
mundo!
Meu esposo, meu filho e eu fomos a
uma festa de aniversário de um filho de amigos nossos que fez 1 aninho. Foi no
apartamento deles aqui no condomínio. Meu filho quis passear de elevador
algumas vezes e assim eu fui, como meu marido. (Ele adora elevador!)
Então, em um dado momento, estava
lá brincando, quando foi para o corredor e eu fui atrás. Ele apertou o botão
para chamar o elevador e eu peguei na mãozinha dele e disse: - Filho, chega de
elevador, vamos lá brincar com os amigos. – Quando o elevador chegou no andar,
ele largou minha mão e entrou dentro dele. Eu fui atrás, coloquei a mão na
porta e ela quase fechou na minha mão! Apertei o botão para chamá-lo de volta
ao andar e nada!
Comecei a ficar apavorada! Desci os
outros três andares (estávamos no 3º) e fui até o térreo com medo dele ter
saído. Afinal, ali era o estacionamento!
Depois de correr um pouco lá fora
e perceber que ele não estava lá, voltei ao andar da festa, avisei Gustavo. Ele
saiu de escada descendo-as enquanto o pai do aniversariante foi subindo, e eu
de elevador, indo de andar em
andar. Todos procurando-o!
Quando cheguei ao 6º e último
andar, quem eu vejo ao abrir a porta? O próprio! Com os braçinhos abertos, com
um lindo sorriso e dizendo: “Asssssôôô (achou) mamãe!!!”
Ele estava com 2 moças batendo
altos papos! Elas me disseram que chamaram o elevador e ele apareceu sozinho!
Quando me viram ao abrir a porta disseram: - Aí está a mãe, desesperada!
Voltamos para festa, Gustavo e eu
suados e pálidos! E ele, brincando!
Ai ai...assim nós não vamos chegar
aos 40 anos!
Sentei-me no sofá, recuperando o
fôlego enquanto minhas amigas diziam que era normal, criança é assim mesmo! Que
ele é muito rápido! Que acontece! Elas começaram a contar suas histórias com
esses tipos de desaparecimentos relâmpagos de seus respectivos filhos para me
acalmar! Mas não adianta, sou mãe e minha função na vida é me culpar!
Enfim, essa foi minha aventura da
semana!
Vou arrumar aquelas guias de
cachorro e amarrar no braço dele!
Li uma vez uma coluna no jornal “O
Globo” em que o autor descreveu horrorizado, a determinada cena: uma babá nas
ruas de Copacabana, vestida de branco e em uma das mãos ela tinha essas guias e
mais três crianças, provávelmente gêmeas. Ele achou um absurdo! Um ato desumano!
Disse que ela deveria ser presa e tal. MAS, que quando ele a viu parar no
sinal, e as três crianças quase correram para a rua e ela puxou a guia,
compreendeu que aquilo era uma questão não só de segurança, mas de vida ou
morte de todos os quatro!
Como eu sempre digo: Todo mundo é
muito racional quando a situação pertence a outro! Rs...! Vai cuidar de
trigêmeos sozinho para ver se você nas primeiras três horas não corre para pet
shop mais próxima e compra uma dessas guias!
Enfim...ser mãe é isso aí! Uma
aventura! Envelheci uns 2 anos nessa nova anedota do Arthur. Ainda assim, ver
aquele sorrisão lindo, e o abraço na altura das pernas ao me encontrar depois
do momento de estresse, não tem preço! Tem como brigar com uma coisinha dessas?
Te chamando de forma tão doce? Não tem! Mamãe perdoa mesmo quase que fazendo
xixi nas calças!
É isso aí, minha
gente...divirtam-se a nossas custas! Pois no fim, só nos resta rir!
Boa semana e fiquem com Deus!
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