domingo, 17 de fevereiro de 2013

Aventuras da maternidade


Hoje fui colocar meu filho para dormir e me surpreendi ao ele pedir-me: “Canta, mamãe!” – Comecei a cantar uma música do filme “A dama e o vagabundo”, quando a querida canta para seu bebê recém-nascido dormir. Eu sempre sonhei em cantar essa canção quando tivesse um filho. E não sei por qual razão, sabia que um dia eu teria um menino!
Arthur tem um CD repleto de lindas canções de ninar, coloco para ele ouvir desde novinho. Mas ultimamente, por viajarmos, eu estava cantando para ele. E agora ele não quer mais saber do CD, só de mim! Eu não sou nenhuma Marisa Monte ou Sarah Brightman. Mas sou afinadinha! E ele dorme rapidinho!

Tem coisas que fazemos, que por serem corriqueiras, pensamos não ter valor! Vou explicar! O pediatra do Arthur em MG, contou-me uma vez que foi assistir a uma aula de um professor que deu aula a ele quando estudava medicina. Segundo o pediatra, o seu mestre era todo “alternativo”, de outra galáxia! Mas que era um excelente médico!
Ele estava em um laboratório com vários estudantes de medicina e pediu a um aluno que fizesse o seguinte: cortasse alguns legumes e os cozinhasse. O aluno provavelmente estranhou o pedido, mas assim o fez. Assim que os legumes ficaram prontos, ele colheu uma amostra deles e os colocou no microscópio para examiná-los. Mostrou aos alunos que todo alimento tem uma energia e a energia desses vegetais tinha pigmentação arroxeada. Eles observaram no aparelho uma leve camada em volta do alimento colhido.
Depois, o professor perguntou em meio aos alunos se tinha alguma mulher que era mãe. E uma se identificou. Ele pediu que ela fizesse a mesma coisa que o outro aluno, que cortasse e preparasse os legumes. MAS, que ela pensasse em seus filhos. E ela assim o fez. Da mesma forma o professor colheu a amostra e colocou no microscópio. A energia do alimento estava bem maior! Tinha triplicado!

Ele explicou que o fato dela ser mãe, de ter pensando em seus filhos e ter feito as simples “papinha” com amor, fazia toda diferença! Amor tem energia!!!! Minha irmã diz que é por isso que Arthur não pára 1 segundo, eu coloco amor demais na comida! Rs...!
Então, olha só! É científico! Como faz diferença na vida dos nossos filhos o que fazemos por eles! E muitas vezes, nem damos o devido valor só por ser algo trivial.

Essa semana me senti a pior mãe do mundo!
Meu esposo, meu filho e eu fomos a uma festa de aniversário de um filho de amigos nossos que fez 1 aninho. Foi no apartamento deles aqui no condomínio. Meu filho quis passear de elevador algumas vezes e assim eu fui, como meu marido. (Ele adora elevador!)
Então, em um dado momento, estava lá brincando, quando foi para o corredor e eu fui atrás. Ele apertou o botão para chamar o elevador e eu peguei na mãozinha dele e disse: - Filho, chega de elevador, vamos lá brincar com os amigos. – Quando o elevador chegou no andar, ele largou minha mão e entrou dentro dele. Eu fui atrás, coloquei a mão na porta e ela quase fechou na minha mão! Apertei o botão para chamá-lo de volta ao andar e nada!
Comecei a ficar apavorada! Desci os outros três andares (estávamos no 3º) e fui até o térreo com medo dele ter saído. Afinal, ali era o estacionamento!
Depois de correr um pouco lá fora e perceber que ele não estava lá, voltei ao andar da festa, avisei Gustavo. Ele saiu de escada descendo-as enquanto o pai do aniversariante foi subindo, e eu de elevador, indo de andar em andar. Todos procurando-o!
Quando cheguei ao 6º e último andar, quem eu vejo ao abrir a porta? O próprio! Com os braçinhos abertos, com um lindo sorriso e dizendo: “Asssssôôô (achou) mamãe!!!”

Ele estava com 2 moças batendo altos papos! Elas me disseram que chamaram o elevador e ele apareceu sozinho! Quando me viram ao abrir a porta disseram: - Aí está a mãe, desesperada!

Voltamos para festa, Gustavo e eu suados e pálidos! E ele, brincando!
Ai ai...assim nós não vamos chegar aos 40 anos!

Sentei-me no sofá, recuperando o fôlego enquanto minhas amigas diziam que era normal, criança é assim mesmo! Que ele é muito rápido! Que acontece! Elas começaram a contar suas histórias com esses tipos de desaparecimentos relâmpagos de seus respectivos filhos para me acalmar! Mas não adianta, sou mãe e minha função na vida é me culpar!

Enfim, essa foi minha aventura da semana!
Vou arrumar aquelas guias de cachorro e amarrar no braço dele!
Li uma vez uma coluna no jornal “O Globo” em que o autor descreveu horrorizado, a determinada cena: uma babá nas ruas de Copacabana, vestida de branco e em uma das mãos ela tinha essas guias e mais três crianças, provávelmente gêmeas. Ele achou um absurdo! Um ato desumano! Disse que ela deveria ser presa e tal. MAS, que quando ele a viu parar no sinal, e as três crianças quase correram para a rua e ela puxou a guia, compreendeu que aquilo era uma questão não só de segurança, mas de vida ou morte de todos os quatro!

Como eu sempre digo: Todo mundo é muito racional quando a situação pertence a outro! Rs...! Vai cuidar de trigêmeos sozinho para ver se você nas primeiras três horas não corre para pet shop mais próxima e compra uma dessas guias!

Enfim...ser mãe é isso aí! Uma aventura! Envelheci uns 2 anos nessa nova anedota do Arthur. Ainda assim, ver aquele sorrisão lindo, e o abraço na altura das pernas ao me encontrar depois do momento de estresse, não tem preço! Tem como brigar com uma coisinha dessas? Te chamando de forma tão doce? Não tem! Mamãe perdoa mesmo quase que fazendo xixi nas calças!

É isso aí, minha gente...divirtam-se a nossas custas! Pois no fim, só nos resta rir!
Boa semana e fiquem com Deus! 

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