Um dia desses recebi uns amigos aqui em casa para fazermos
“nada” juntos! Cada um trouxe um prato e muita conversa para colocar em
dia...bom demais!
E aí surgiu o assunto de casamento, no caso, a cerimônia por causa de um "sutil" quadro que possuo na parede de casa, com a nossa saída da igreja com o teto de aço.
Umas tinham casado na igreja como eu, outros não, outras ainda pensam em se
casar, umas que sempre sonharam em se vestir de noiva, outras não, enfim, cada
uma com sua história de amor, independente do começo!
Eu sempre sonhei em me casar vestida de noiva! Desde que me
entendo por gente!
Minha irmã e eu sempre pedíamos à minha mãe para vestir seu
vestido de noiva e de debutante. Ficávamos rodando-o pelo quarto, colocando o
véu, a luva e etc. E dizíamos: - Mãe, quando eu me casar, vou usar o seu
vestido! – E ela respondia: - Que nada, minha filha! Na sua época, os modelos
serão outros! – E de fato, foi. Mas na minha cabeça, naquela
época, o vestido da minha mãe era o mais lindo de todos!
Minha mãe dizia: - Vocês ainda estavam no céu, como
anjinhos, esperando Papai do Céu colocá-los na minha barriga! – E nós
respondíamos: - Mas eu não me lembro disso! – Coisa de criança!
Quando brincávamos de casamento, colocávamos fronhas ou
fraldas de pano na cabeça, fingindo ser o véu. Cantarolávamos a marcha nupcial!
A imaginação fluía e o vestido ás vezes era parecido com o da Cinderella ou da
Bela Adormecida. Mas de cor branca, claro!
Sempre adorei ver revistas de noiva mesmo depois de casada! Quando minhas tias
estavam para se casar, eu já tinha os meus vestidos favoritos nas revistas que elas traziam. Adorava
aqueles bem rodados, com mangas bufantes, caudas enormes, véus que não pareciam ter fim e cheios de brilho dourado!
Quando debutei, foi um sonho! Me senti “a princesa”! Foi em
Brasília em 2000, no Clube do Exército com mais 28 meninas! Com direito chegada triunfal descendo de uma grande escadaria, brinde com champagne (foi a primeira vez
que tomei bebida alcoólica), valsa com o pai, avô, cadete e etc. E depois, uma baaaaita
festa! Foi lindo e inesquecível!
Mas foi o dia do meu casamento que realmente a realização do
meu maior sonho!
Gustavo nunca me pediu eu casamento, nós sempre soubemos que
iríamos nos casar. Ele foi pedir minha mão ao meus pais no feriado do dia 15 de novembro e
lá já marcamos a data.
Aí começou toda a preparação!
Quando meu pai foi se informar sobre um cerimonial que fazia
o “pacote completo” e viu o preço, ficou marfim. Na hora mesmo eu disse a
ele: - Pai, eu não ligo se não tiver festa! Eu só quero entrar vestida de noiva
na igreja! Isso não é mais importante! –
Mas ele me respondeu: - Filha, tudo em nossa família é
comemorado! Vocês merecem um casamento! E dentro das nossas possibilidades, nós vamos fazer sim!-
Não sou hipócrita! Sempre sonhei com a festa! Mas,
realmente, não ligaria se não tivesse! Durante aquele ano visitamos vários buffets,
decoradores, degustamos doces e bolos e etc. Aos poucos fomos decidindo e meu
pai pagando...a cada cheque eu me sentia culpadíssima! E minha mãe dizia: -
Filha, deixa disso! Se tivéssemos 1 milhão para gastar, nós gastaríamos! Vocês
merecem! É uma vez só na vida! –
Tentei economizar ao máximo nas coisas que podia, ficava horas no telefone e na
internet pesquisando preços. Meus avós ajudaram, assim como o Gustavo.
Enviamos os convites e ficamos impressionados com
quantidades de amigos que se dispuseram a vir dos mais afastados cantos do
Brasil só para nos prestigiar. Tivemos que aumentar o número de mesas, buffet e
etc.
Cada detalhe foi escolhido com amor e do jeito que nós
queríamos!
O grande dia não poderia ter sido mais inesquecível! Ainda hoje alguns amigos relembram o reencontro, os detalhes
e etc. Mostro meu álbum com carinho, assisti o Dvd tantas vezes que
decorei a cerimônia inteira! E choooro emocionada!
Alguns desesperançosos dizem que o matrimônio é uma
instituição falida. Sinto muito, mas não é! Ainda complementam: “Tem gente que
só se casa pela festa!” – E eu completo: “E daí?” . Poxa, se casar é ótimo! Um
dia para ser relembrado! Tem que ter assim, um “rito de passagem”! Nem que seja
um churrasco, um almoço em família, registrado com fotos e etc.
Quando nos casamos no civil, no cartório havia casais de
todas as idades, velhinhos, jovens, uma moça grávida e de mãos dadas com o
(futuro) esposo e dois filhos...como assim instituição falida?
E mesmo que aquele casal não seja de fato praticante daquela igreja/religião que se casou, não quer dizer que não venha a ser, oras!
Os casamentos terminam pelos mais diversos motivos e nos cabe julgar.
Entretanto, o mal é barulhento! Ele gosta de falar alto, dar vexame e barraco!
O bem é tímido, silencioso e terno. Quantos casamentos são verdadeiros exemplos
de dedicação, renúncia e fidelidade mas só aqueles que desmoronam que é dado a devida atenção?
Graças a Deus na minha família são muitos matrimônios de sucesso! A mídia só
mostra em letras garrafais, na primeira capa: Casal fulano divorciado! Fim do matrimônio de ciclana e beutrano! – E
aquilo vende! Penso que muitos esperam o fim desses relacionamentos para ganhar
em cima da vida e do sofrimento alheio. Mas não mostram quantos maridos estão
ao lado de suas esposas enfrentando um câncer, ou as esposas se desdobrando em
três para ajudar nas contas do o marido desempregado, ou daqueles casais que
lutam para viver dia-a-dia pela ausência dos filhos que por infortúnio foram
levados dessa vida, ou daqueles que tem o cônjuge desaparecido e rezam na esperança de tê-lo(a) de volta.
E adoooooro ir a casamentos! Adoro! Fico doida para ver a noiva chegar, pensando que música que ela escolheu, como será o vestido! Choro sempre na hora dos votos! Adoro!
E creio que se casar é sempre dar uma chance ao amor eterno! Cada cerimônia que assisto rezo a Deus que dê aquele casal todas as ferramentas precisas para ficarem juntos apesar das tempestades!
Enfim, todo dia agradeço a Deus por ser esposa! E agradeço meus familiares por terem me dado um dos dias mais felizes da minha vida!
Boa semana a todos e fiquem com Deus!
Beeeeeeeeijos!
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