Porque a fase mais gostosa de
nossas vidas tem que passar tão rápido?
Como era bom ser criança!
Ouvi uma frase certa vez: Que saudades da época em que minha única
preocupação era a cor do lápis que ia pintar. Ô que saudades meeeeeeeeesmo!
Se melecar, se sujar, sem se
importar, afinal, todas as crianças estavam tão lambuzadas e suadas quanto
você. Hoje em dia, sai como uma mancha de sorvete na bochecha p/ ver a reação
das pessoas! Vão te achar no mínimo com problemas de coordenação motora.
Se ralar, cair, se espatifar no
chão sem nem chorar! Eu mesmo colecionava hematomas nas pernas. Qualquer
batidinha ficava (e ainda fica) aquele roxo. E eu não estava nem aí!
Atualmente, uma simples varize me incomoda horrores! Os cortes e partes do
corpo quebrados eram como troféus!
E as paixonites da
infância...desenhar corações, dar beijinho “estalinho” escondido dos pais,
falar que estava “namorando”! E esse namorar, nada mais era do que o menino e a
menina se gostarem...quantas pessoas namoram sem se gostar, não é mesmo?
Qualquer brinquedo novo
proporcionava uma alegria imensa! Mesmo que fosse apenas um diário, um
carrinho, uma bonequinha...fazíamos festa como se ganhássemos uma Ferrari ou um
sapato de marca.
Eu adorava acordar no dia 25 de
janeiro e ver que não fora tudo um sonho! Que todos aqueles brinquedos e
chocolates estavam ali me esperando p/ serem aproveitados!
E as músiquinhas? Fulano roubou pão da casa do João Quem
eu?...Rs...Passávamos horas no ônibus do passeio escolar cantarolando isso
várias vezes! Que paciência tinham nossas professoras, não é?
Subir entre as paredes na porta e
se sentir o “artista” do Cirque Du Soleil!
Quantas vezes não levávamos bronca
por ter nos esquecido do horário de voltar p/ casa? Mas a brincadeira estava
tão boa que “tempo” era algo muito insignificante p/ prestarmos atenção!
Estávamos ocupadas brincando de pega-pega, esconde-esconde (que podia ser num
quintal duma casa ou no quarteirão inteiro), polícia e ladrão (que na hora que
o “outro” tirava o chinelo os outros sabiam que tinham que correr ainda mais
rápido).
Ás vezes chegávamos na casa do
amigo (ou da amiga) e os víamos fantasiados, ou brincando na frente do espelho
de faz-de-conta.
Adorávamos chegar na escola depois
de 1 semana em casa de molho por causa de catapora ou gripe e ser perguntado
porque que faltou. Éramos “a” celebridade nesse breve momento!
Nossas falhas e erros eram
corrigíveis por castigos, palmadas e sermões. Nada de grave, tudo era perdoado
depois, com um beijo e um abraço. Quem dera muitas nossas ações fossem dignas
de perdão e carinho.
A casa dos avós era o lugar mais
mágico do mundo! Onde tudo podia, sempre tinha nossa comida favorita e uma
sobremesa deliciosa a nossa espera! Todos os passeios que fazíamos...os “mimos”
que os avós davam e os nossos pais nos olhavam com aquela cara de: - Não abuse
de seus avós! – Mas na casa dos vovôs, tudo podia!
Um simples parquinho era palco de
grandes aventuras! Uma pequena espada derrotava vilões e reinos. Uma doce boneca
recebia muito mais amor que alguns seres humanos recebem.
A hora do banho e do sono eram
sempre seguidos com uma briga inicial. Porém, mais tarde, a briga era p/ sair
do chuveiro e levantar da cama. Na minha casa, meu pai chegou a fazer uma
“Escala de Banho”. Todo dia tínhamos que seguir a ordem, e todo dia mudava,
pois ninguém queria ser o 1º, claro. E ainda tinha o “regulamento”, que se
brigasse ou tomasse banho depois das 21h, apanhava. Rs...
A escola era a única
responsabilidade. Somente ela! Se chegássemos com nota baixa...ixii...era o fim
do mundo! Mal sabíamos nós que existem problemas muito maiores que a tal nota
vermelha!
Os cadernos eram todos
coloridos...canetinhas, adesivos coloridos e brilhantes era obrigatórios!
As festinhas de aniversário eram o
maior evento que a criança poderia ter! Era esperada a semana toda! E quem não
era convidado ficava ofendido (ou zoado)!
E os passinhos das músicas? Teve
uma época que era a música da Xuxa, o Jogo da Rima: Dani-dani-dani-Daniela o swingue é com ela, seu balanço é de
arrasar....
P/ as meninas tinha a festinha de
aniversário das bonecas ainda! Cada uma trazia a sua e cantávamos parabéns com
direito a bolo e brincadeiras depois.
Achávamos o “máximo” ter um “clube
secreto”, onde tínhamos alguma missão, o clube tinha um codinome e nós também.
Eu adorava poder ter outros nomes
nas brincadeiras: Débora, Aurora, Ariel (por causa das princesas da Disney). E
nome dos “maridos”: Maurício, Fábio...
Os dias de chuva eram um
desperdício! E inda sim, arrumávamos o que fazer: Sessão de cinema, onde mais
se fazia bagunça do que assistir. Pois já tínhamos decorado as falas..p/ que
assistir de novo? Era só uma desculpa p/ nos reunir. Ou brincar de “gato-mia”,
casinha, de Barbie (que ao se juntar tudo que as outras tinham, era quase uma
“vila” da Barbie), e algumas eram prendadas já e faziam roupinhas!
Enfim...é uma época tão mágica,
tão rica...e queremos tanto crescer. Se soubéssemos o que nos esperava,
teríamos curtido mais.
Hoje em dia, tem pais que
“transferem” essa delícia de momento a babás, professoras ou a avós. Isso
independente de pais trabalharem fora ou não.
Alguns pais, não deixam as
crianças brincarem p/ não se sujar, pois a roupa foi cara ou não querem ter o
trabalho de lavar. Outros reclamam da famosa “caixa de areia” da escola, pois
os filhos voltam “muito sujos”. Quanta imaginação e aprendizado tem por trás da
simples caixa e eles preocupados com a roupa.
Tantas pessoas pedindo a Deus e
fazendo tratamento p/ engravidar, enquanto outros jogam crianças no lixo, ou
mesmo, as ignoraram dentro de casa.
Creio quem faça mal a uma
criança, pague muito caro na outra vida...Pois eles estão mais próximos do Pai
que nós. São anjos que Ele nos proporciona cuidar.
Outros não tem “tempo” p/ levar o
parque, ao shopping...acontece que a infância é uma vez só. Vi uma frase uma
vez no filme “Diário de uma Babá”, em que ela falava aos pais do garoto de quem
cuidava: - Vocês só serão o máximo p/
seu filho enquanto ele for criança. – E é verdade...pois depois, virá
adolescência os amigos, festas e namoradas serão a prioridade dele! Alguns
darão valor aos seus pais somente quanto se tornam pais...e alguns, nem isso.
As pessoas reclamam quando os
filhos não querem saber deles, os largam em asilos e etc...Mas e quando
criança? Toda atenção e carinho foram dados?
Enfim...passa muito rápido!
MAS...a coisa boa de crescer é
poder encontrar alguém especial e conceber uma nova vida...essa é a graça de
crescer! Colocar em “prática” o que tanto brincávamos com nossas bonecas!
Podemos reviver nossa infância ao
lado dos nossos pequenos...então, quem tem filhos: Aproveite!
Pois depois com os netos o corpo,
o ritmo e a disposição não são mais os mesmos! Rs...!
Boa semana a todos!
Beijos!
Oi Larissa,
ResponderExcluirQue texto lindo e emocionante. Estou aqui brigando com meu instinto para não chorar. rs
Sempre achei a infância uma fase mágica. Quase literalmente.
Acho uma dádiva e um privilégio acompanhar a infância da minha filha e reviver a minha (que tenho tanta saudade!).
Acho que toda criança deveria ter o direito a uma infância feliz. Eu tive. E pelo que li, você também. Somos abençoadas e mulheres mais felizes hoje em razão disso.
Acho que este texto tão sensível e bem escrito deve ser visto por mais pessoas. Vou deixar a indicação lá no meu blog (se isso não te incomodar).
Obrigada por esta leitura :-)
Um super beijo,
Dani
Oi Larissa, delícia de texto, foi como reviver tbm um pouquinho da minha infância e todas as brincadeiras, os amiguinhos, primos, boas lembranças!!! Mas concordo tbm qdo diz que tem pais e mães que não proporcionam esta infância feliz por puro egoísmo, seja trabalho para lavar as roupas sujas, ou o tempo livre reservado só para si esquecendo-se dos filhos e do propósito de ser pai e mãe.
ResponderExcluirBom, pena para alguns e felicidade e boas lembranças para outros...
Bjs Mil