Hoje eu estava assistindo um programa que adoro e sempre me
emociono: “Boas vindas” no GNT. Choro a cada bebê que nasce lá, sem ter a mínima
noção de quem são os pais, onde moram e etc. Pois só quem teve essa experiência
é quem pode dizer como é.
Desde que eu me entendo por gente, eu quis ser mãe. Minha mãe
é supercoruja! Queria ter 5 filhos! Mas só pôde ter 3. Ela sempre conta dos
partos, de como eram as gravidezes, e como nós somos as melhores coisas da vida
dela. Nunca reclamou do trabalho de que nós dávamos e das coisas que teve de
abrir mão. A maternidade foi/é uma benção p/ ela. Então, desde sempre, eu quis
saber o que era isso.
Tínhamos 2 anos de casados quando resolvemos “engravidar”. Não
queríamos esperar muito, pois adoramos crianças, mas queríamos curtir um pouco
a vida a dois. Parei com a pílula no início de janeiro de 2010, achando que ia
demorar meses p/ conseguir, pois eu tomava-a direto, p/ tratamento. Em fevereiro,
jurei que estava grávida! Fiz 3 testes e todos negativos! Fiquei chateadérrima!
Pois, sou uma pessoa meio impaciente....ou seja, quero as coisas p/ ontem!
Quando foi em março, no 1º dia de atraso da “bendita” eu já
fiz o teste de farmácia! Deu negativo! Chorei, fiquei chateada e tal. Naquela noite
tínhamos um jantar na casa de uns amigos nossos. Lembro-me que levei uma
garrafa de vinho tinto suave e disse: - Já
que não tem bebê, eu vou beber! – Sai da casa da minha amiga trocando as
pernas, bati quase meio garrafa de vinho sozinha!
Mas nada da “bendita” aparecer...teve um outro churrasco, e
meu companheiro estava lá “o vinho”...E nada da “bendita” aparecer.
Mas, numa bela 5ª feira, resolvi comprar um teste. Tinha
dado negativo. Mas, quando fui arrumá-lo p/ jogar no lixo, outra listrinha muito
clara apareceu embaixo! – Será que o
teste deu errado? – Pensei comigo. Fiquei encucada! Liguei p/ minha mãe p/
contar tudo, e ela já estava comemorando o título de avó! – Calma, mãe! – Eu dizia.
Contei ao meu marido que insistiu que eu fizesse o exame de
sangue, mas eu não quis. Pois no mês anterior tinha feito e tinha me chateado
com o resultado negativo.
À tarde, comprei outro teste...e deu o mesmo resultado. Listra
clara e outra escura.
Não agüentei a curiosidade...fui fazer o de sangue.
Gustavo ao me pegar em casa p/ irmos até o laboratório, na
garagem, pegou um engradado de cerveja vazio do churrasco do fim-de-semana e
colocou dentro do carro. Eu disse a ele: -
Que que é isso? – Ele me disse: - Se
der positivo, a gente comemora. Se der negativo, a gente bebe sozinho! - Quando
vi aquelas 2 listrinhas, meu mundo mudou! Chorei de felicidade e liguei p/ todo
mundo p/ contar a novidade!
Comemos pizza p/ comemorar! Mas eu tomei suco! Hehehe! Íamos
ser papais!
A partir daí, tudo girou em torno do bebê. Meu corpo não me
pertencia mais. Era “dele”. Comecei a comer melhor, mais frutas e legumes,
tomar mais água...enquanto eu pude, não é? Pois lá pelo 2º mês, comecei a
enjoar demais e colocar tudo p/ fora. No 4º mês cessou essa “delícia”!
Cada ultrassom era como se estivéssemos indo buscar um
parente distante, que não víamos a muito tempo, no aeroporto. Cada movimento,
cada mudança era comemorada.
Soubemos que era um menino após um “susto”. Tive um
sangramento no 4º mês que achávamos que era um aborto. Nesse dia, foi o dia em
que mais chorei em toda minha vida. Mas com a graça de Deus, era só a formação
da placenta, nada de mais, nada de grave! E então, eu vi aquelas pernocas
abertas e o “símbolo’ da masculinidade do meu garoto! Mas eu já desconfiava...não
conseguia comprar nada cor-de-rosa...eu sentia que era homem! Não sei porque,
mas eu sentia!
Fizemos 3 chás! Ganhamos todos os “apetrechos” de bebês e
mais de 2mil fraldas! (Até hoje não comprei nenhuma!).
Pedi a Arthur que chegasse depois que a vovó chegasse também,
ainda íamos marcar a data do parto na consulta do dia posterior. Ela chegou no
dia 16/11/10 às 17h, as contrações começaram às 20h. Às 8h da manhã do dia
17/11/10, eu estava no hospital, e ele estava chegando. Estava morrendo de medo
de algo ruim acontecer no parto. Os médicos me acalmaram o tempo todo,
conversaram p/ me distrair. Gustavo estava lá, assistindo tudinho. Às 13:27
nasceu meu bebê!
O choro dele foi o melhor som do mundo!
Nada neste mundo te prepara p/ esse momento...não existe
coisa igual. Só sentindo p/ saber. É uma “onda” de amor e felicidade como nunca
senti antes.
Ser pai e mãe de 1ª viagem é uma aventura! Cortei o dedo
dele ao tentar cortar a unha...chorei mais do que ele. No teste do pezinho,
chorei mais que ele também.
Meu marido e eu ficamos tão “acabados” no início, que volta
e meia nos encontrávamos no corredor de casa e falávamos: -Oi, tudo bem? Como vai você? Quanto tempo! –
Senti muita dor ao amamentar no início...quando Arthur
chorava de fome, eu tinha vontade de chorar junto! Dava vontade de comprar uma
lata de NAM e resolver o problema! Mas fui até o final!
São tantos medos que tínhamos, que hoje damos risada! Mas eram
normais, afinal...não só nós estamos “entrando” numa coisa nova. Mas eles também,
os bebês. Imagina! Chegar nesse mundão, grande, cheio de ar, de espaço, aquele
monte de gente em volta, aquele barulhão, tipo: quem sou? Onde estou? Tadinhos!
Mas como diz meu tio: Se
nossos filhos sobreviverem a nós, sobreviverão a qualquer coisa! – Assim espero...rs...!
Quando um filho sente dor...nosso mundo cai. Dá vontade de
passar toda dor p/ nós mesmos...é uma sensação tão ruim. E dizem que isso não
muda com a idade! Minha mãe quase morre quando nos vê sofrendo...e somos uns “marmanjos”!
Sonhamos por meses
com o rostinho, perguntando quais serão as cores dos olhos, dos cabelos...será
que vai ser gordinho ou cabeludo?
Ficamos pensando na grande responsabilidade... e se eu não
der conta? E se eu fizer tudo errado? E se eu não for metade da mãe que eu
tive.
Ficamos medrosos! Temos mais cautela ao dirigir, ao viajar. Se
alguém cogita fazer mal ao nosso filho...HUM....Matamos sem dó nem piedade e com
requintes de crueldade.
Somos mais sensíveis as dores de outros pais, se perdem seus
filhos, ou os vêem doentes. Uma reportagem no jornal já nos estremece, pois
pensamos: E se fosse o nosso filho?
Fico pensando...se a mãe de Adolf Hitler não tivesse
abandonado ele e o pai p/ ficar com um judeu, a história da humanidade teria
sido muito diferente.
Se formos pensar na seriedade que é ter um filho, se formos
analisar a fundo...não os teríamos. Pois cada ser humano pode fazer o mundo
mudar...p/ melhor ou p/ pior.
Nós somos responsáveis por eles mais do que ninguém. Não adianta
colocar a culpa no governo, na sociedade, na escola...em nada! Muitas das
falhas de nossos filhos são conseqüência da educação que demos a eles. Isso é
muito sério. Não tem sequer ma noite em que eu pense nisso e peça a Deus que dê
a mim e ao Gustavo, sabedoria e discernimento.
Mas, vale a pena! É a melhor coisa do mundo!
Bom fim-de-semana a todos!!!
Beijocas!
Eu estou começando esse momento... 6 semanas e 5 dias de gestação e ontem escutei o coraçãozinho pela primeira vez... já é uma sensação indescritivel... Imagino quando nascer kkkkk.... Bjus Lari adoro o que voce escreve
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